E tal como a milsorrisos previu, por cá galga-se mais etapa do crescimento da Mi.
Já há algum tempo que temos vindo a reunir uns troquitos para comprar o recheio do quarto da Mi. Embora ainda lhe falte muita coisa, que vai surgindo normalmente, já conta com um roupeiro, uma cómoda, uma mesinha e cadeiras e uma pequena estante. A cama é emprestada (mais uma vez, os fabulosos padrinhos da Mi entraram em acção), pois achámos que não valia a pena gastar dinheiro em berços nesta fase do campeonato. Vimos a caminha ideal para o quarto, com grades em toda à volta, excepto num dos lados, ideal para encostar à parede, mas achámo-la grande e pouco segura dada a curiosidade e o espírito de aventura que a pequena tem demonstrado. Portanto, quartinho montado, bem iluminado, com luz natural a dar brilho à borboleta desenhada na parede logo pela manhã, de mobília clara, e com muito espaço livre para gatinhanços, eis chegada a hora de mudarmos todos de quarto. A Mi para o dela e nós para o nosso, mesmo encostadinho a este, do qual já sentíamos saudades, pois temos andado a dormir num quarto reservado às necessidades.
E assim, ontem a Mi passou a primeira noite longe dos pais.
Não sei se pesou o facto de a Mi gostar muito do seu quarto (que bela ideia a da borboleta!), se foi de termos dedicado a este espaço, durante a semana, um tempo de brincadeira, se foi simplesmente porque a Mi não é de estranhar os locais onde dorme, desde que se sinta bem, confortável e segura, o que é certo é que a noite correu uma maravilha. Depois de jantar, viemos para cima, brincámos um pouco, sorrimos vezes sem conta para a borboleta, dei-lhe um bocadinho de colo antes de a deitar na cama, ainda bem desperta, mantive-me junto a ela por breves instantes e saí. Ali ficou um pouco, calada. Passados instantes, chamou. Entrei no quarto, aconcheguei-a e voltei a sair. E pronto. Ali ficou. Acordou mais uma vez antes da meia noite, a pedir chucha, mas sem sequer abrir o olho, e de madrugada, como é hábito, com frio, que a caramela destapa-se toda.
De manhã, à hora habitual, acordou um pouco mais chorosa, mas assim que me viu entrar e abrir o estores levantou-se de imediato, agarrada às grades e abriu logo o seu mais belo sorriso. Para mim? Não, claro que não! Quando se levantou o que viu ela? A borboleta, está claro - muito mais gira e iluminada do que a mãe. Ehehe.
Agora, enquanto escrevo isto, ela dorme na sua caminha e desde que a deitei, há uma hora, mais ou menos, ainda não deu sinal.
Está tão grande a minha menina, já não me parece bebé, já está menos dependente de mim. Estou orgulhosa e agradecida, muito feliz, mas ao mesmo tempo começo a sentir sobre mim um peso enorme, o da responsabilidade de a educar, e associado a isto, é inevitável sentir também que cada vez a Mi é menos minha.
(desculpem o relatório, mas queria registar este momento ao pormenor, o corte do cordão umbilical está a dar-se agora...)
Deixo para recordar algumas fotos, que tiro amanhã:
. Fofices!
. Ai!
. Há registos que valem sem...
. Breve