No quarto:
- Não, Mi, não mexe aí.
(os puxadores das gavetas são uma atracção e as respectivas gavetas não têm sossego.)
Na sala:
- Para aí não!
(a Mi ora se dirige para os degraus que dividem a sala de estar do resto da casa ora para o móvel onde está a televisão, para tentar alcançar tudo o que ali há)
Na cozinha:
- Não, Mi, faz dói-dói.
(Novamente os puxadores dos móveis a tentarem a Mi, mas também as pernas das cadeiras e da mesa...)
No escritório:
- Cuidado, Matilde, não, filha!
(As cadeiras têm rodas e são fáceis de empurrar, mesmo rastejando...)
De todas as vezes em que isto acontece (e são muitas ao longo do dia, seguidas!), ela olha-nos atenta e inocente. Pára o que está a fazer ou o que tinha intenção de fazer, observa-nos e espera que confirmemos o que estamos a dizer (ou que nos desmintamos e soltemos uma gargalhada em sinal de aprovação), tenta mais uma vez, repetindo-se este cenário, e depois parte para outra descoberta. A casa é um mundo, cheio de pormenores divertidos e engraçados (assim deduzo pelos guinchinhos e risos de alegria que solta quando descobre uma fivela, uma corrente, uns fios de tapete ou... uma tomada), embora geralmente seja precisamente nestes pormenores que estão os maiores perigos. Gatinha, rasteja, ergue-se e equilibra-se sobre os joelhos e levanta-se sozinha, agarrada a coisas. De vez em quando, nesta última posição, larga-se e pumba, mas nada que a demova dos seus intentos exploratórios. Não pára um bocadinho e a nós vale-nos apenas (embora calcule que por pouco tempo) a ingenuidade de acatar a nossa palavra e a alegria estampada no rosto a cada nova descoberta.
É assim a minha pequena grande Mi...xilhona!
Breve nota: já temos muitas coisas protegidas cá em casa, mas ainda não acabámos a saga. Para além disso, algumas das protecções são ineficazes perante as mãozinhas hábeis da pequena, como aquilo que supostamente impede as gavetas de abrir...
De
Rafaela a 15 de Setembro de 2010 às 19:29
Deliciei-me imenso ao ler estes novos descobrimentos da Mi, uma tanto ou quanto perigosos.. isto porque ao ler-te, faz-me lembrar das primeiras traquinices da Leo! Que agora são GRANDES desastres lá por casa...
Um beijinho enorme!
Eu bem digo que estou a aprender com as aventuras da Leonor que tu vais contando. Ai que fedelhas!
De
Estrela a 15 de Setembro de 2010 às 19:44
esta altura da descoberta é tramado mas também é tão giro!!! bjs
Giro é! Acho que esta está a ser uma fase muito interessante: ela faz-se entender muito bem, está menos chorona e muito divertida (só quer brinacadeira). MAs também é uma altura perigosa e as birras também já começam a surgir, embora ainda ligeiras. Depressa passarás pelo mesmo.
Beijinhos
De
Cris a 15 de Setembro de 2010 às 23:33
A fase das descobertas... um mundo mágico a cada esquina para eles, uma preocupação constante para nós!! Mas é um bom sinal: está a crescer e a alargar horizontes!!
Beijinhos
A cada dia que passa descobre-se mais uma gracinha. Querem começar a explorar sozinhos, mas não nos perdem de vista... Está mesmo a crescer o meu bebé, cada vez menos bebé!
Beijos
que linda!
sabes umas das coisas que o pediatra das minhas filhas me disse nas primeiras consultas que o Não é uma das primeiras palavras que eles apredem, por tantas vezes a dizer-mos. não faz isso, ai não... rsrsrs
beijinhos
E assim continuamos cá por casa. Ela já deu mostras de que entende esta e outras palavras, como "gato" (adora-o e procura-o por todo o lado), "mãe" e "pai" (ainda estamos na dúvida, nem sempre reage quando lhe perguntamos) e "borboleta" (a que está desenhada na parede do quarto, a quem ela sorri de imediato).
Não tarda tens a Margarida a fazer o mesmo.
Bjos
É a curiosidade natural de quem começa a aperceber-se que há tantas coisas divertidas com que se entreter! Perto deste universo de objectos, os brinquedos chegam a perder a graça, verdade Mi? ehehehe
beijos e mil sorrisos
:o))
Verdade verdadinha - brinquedos interessam por breves instantes, depois toca a mexer no que não devo - ehehe.
Beijinhos
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